Para muitos pacientes que sofrem com arritmias e não se adaptam aos medicamentos — ou para aqueles que buscam a cura definitiva do problema — a Ablação por Cateter é o tratamento de escolha. Mas o termo “cauterização” no coração pode assustar. Vamos entender como esse procedimento seguro funciona.
A ablação é um procedimento minimamente invasivo, realizado junto com o Estudo Eletrofisiológico. Não há cortes no peito (“cirurgia de peito aberto”). Tudo é feito através de punções na virilha, por onde levamos cateteres até o coração.
Como a “mágica” acontece?
Uma vez identificado o local exato que está causando a arritmia (o foco do curto-circuito), utilizamos um cateter especial que emite energia na sua ponta. Essa energia pode ser:
- Radiofrequência (Calor): Que aquece o tecido pontualmente.
- Crioablação (Frio): Que congela o tecido.
Essa aplicação de energia cria uma pequena cicatriz no tecido cardíaco defeituoso, eliminando a capacidade daquela região de conduzir eletricidade e gerar a arritmia. É como “desligar” o interruptor que estava com defeito.
Como é a recuperação?
A recuperação costuma ser rápida e tranquila.
- Internação: Geralmente o paciente dorme uma noite no hospital para observação e vai para casa no dia seguinte.
- Repouso: Recomenda-se alguns dias de repouso relativo em casa, evitando esforço físico intenso e carregar peso, principalmente para cicatrização do local da punção na virilha.
- Retorno: A maioria dos pacientes retorna às suas atividades normais de trabalho e estudo em menos de uma semana.
A ablação transformou a vida de milhares de pessoas, permitindo que elas deixem de sentir palpitações e, em muitos casos, parem de tomar medicações de uso contínuo.
As informações acima têm finalidade educativa. Cada pessoa é única e pode precisar de orientações específicas. Se você apresenta sintomas ou deseja um diagnóstico preciso, agende uma consulta.
Dra. Gabriela Bem
Cardiologista e Eletrofisiologista
CRM RS 37390 | RQE Nº 31382 | RQE Nº 35096